No próximo dia 19 de março, uma reunião de conselho deve redefinir o futuro da catarinense Marisol, uma das maiores fabricantes de roupas do país, com vendas de 420 milhões de reais no ano passado. Da pauta do encontro faz parte um assunto que há mais de um ano é aguardado na empresa: a troca no comando. Em novembro de 2006, Exame antecipou que Giuliano, o caçula de dois filhos de Vicente Donini, atual presidente havia sido o escolhido para assumir a presidência em março de 2007 - num processo orquestrado ao longo de cinco anos pela Consultoria Keseberg e Partners. Além de Giuliano, estavam no páreo seu irmão mais velho, Giorgio, diretor industrial, e o executivo Jair Pasquali, responsável pela área de franquias. Como diretor de marketing e desenvolvimento de produto da Marisol, Giuliano ganhou a corrida sobretudo graças à iniciativa de comprar marcas conhecidas, que afastaram a companhia da dependência de produtos baratos e da concorrência chinesa. O ápice dessa estratégia foi a aquisição de uma participação de 75% na marca de moda praia Rosa Chá, em 2006. A meta para o novo presidente era transformar a Marisol na maior gestora de marcas de moda do país e dobrar o faturamento até 2010, para um bilhão de reais. Devido a uma série de intercorrências, tais planos tiveram de ser engavetados e, em vez de passar o bastão para o filho, Vicente Donini lançou - se numa reestruturação que incluía o fechamento de fábricas e a extinção de algumas marcas. Agora, com os ajustes concluídos, chegou o momento de Giuliano de 33 anos assumir. (Procurada por Exame, a Marisol não quis se manifestar sobre o assunto).
A história da sucessão da Marisol mostra que mesmo uma transição planejada de maneira meticulosa está sujeita a mudanças repentinas. No caso da empresa catarinense, o sinal de alerta soou no final de 2006, quando o balanço indicou que as vendas haviam praticamente estagnado em relação ao ano anterior - mesmo com a aquisição das marcas Rosa chá e Sais. O lucro líquido também se manteve inalterado, em 28 milhões de reais. O pior resultado foi o do ebitda, principal indicador de eficiência operacional, que caiu quase 40%. " O lucro líquido foi igual graças aos ganhos financeiros", diz Rafael Weber, analista da corretora Geração futuro. "Mas o balanço deixou claro que a empresa havia perdido eficiência operacional ." Os maus resultados foram cruciais para que Vicente Donini decidisse adiar sua saída". Ele percebeu que teria que promover mudanças estruturais antes de passar o bastão, diz executivo próximo à empresa. "A Marisol não estava pronta para iniciar o ciclo de expansão para o qual Giuliano foi preparado, e seria muito complicado colocar nos ombros do filho o peso de medidas drásticas, como o fechamento de fábricas e demissões".
Por: Gerente Comercial, Consultor de Vendas e Marketing.
De: Suzana Naiditch. Porque a sucessão atrasou: Depois de esperar um ano, o catarinense Giuliano Donini finalmente assumirá o lugar de seu pai na presidência da Marisol. Revista Exame - Tema : Gestão de Marketing.
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Em: 20/10/2020
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